domingo, 21 de junho de 2009

ÁGUAS DO SUBSOLO - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

De maneira simplificada, toda água que ocupa vazios em formações rochosas ou no regolito é classificada como água subterrânea.

* Regolito: Também conhecido como Manto de alteração Termo usado pelos geólogos como sinônimo de solo em seu sentido amplo. Camada de material intemperizado que recobre a superfície do planeta.

O regolito é o conjunto do material superficial, originado das rochas e dos depósitos inconsolidados, que foi afetado pelo intemperismo químico e físico. Abaixo do regolito estão os materiais rochosos que não foram afetados pelo intemperismo.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
1- Infiltração:
Infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo. O volume e a velocidade de infiltração dependem de vários fatores.

1.1- Tipo e Condições dos Materiais Terrestres:
A infiltração é favorecida pela presença de materiais porosos e permeáveis, como solos e sedimentos arenosos. Rochas expostas muito fraturadas ou porosas também permitem a infiltração de águas superficiais. Por outro lado, materiais argilosos e rochas cristalinas pouco fraturadas, por exemplo corpos ígneos plutônicos e rochas metamórficas como granitos e gnaisses, são desfavoráveis à infiltração. Espessas coberturas de solo (ou material inconsolidado) exercem um importante papel no controle da infiltração, retendo temporariamente parte da água de infiltração que posteriormente é liberada lentamente para a rocha subjacente. A quantidade de água transmitida pelo solo depende de uma característica importante, chamada de capacidade de campo, que corresponde ao volume de água absorvido pelo solo, antes de atingir a saturação, e que não sofre movimento para níveis inferiores. Este parâmetro influência diretamente a infiltração, pois representa um volume de água que participa do solo mas que não contribui com a recarga da água subterrânea, sendo aproveitada somente pela vegetação.

1.2- Cobertura Vegetal:
Em áreas vegetadas a infiltração é favorecida pelas raizes que abrem caminho para a água descendente no solo. A cobertura florestal também exerce importante função no retardamento de parte da água que atinge o solo, através da interceptação, sendo o excesso lentamente liberado para a superfície do solo por gotejamento. Por outro lado, nos ambientes densamente florestados, cerca de 1/3 da precipitação interceptada sofre evaporação antes de atingir o solo.

1.3- Topografia:
De modo geral declives acentuados favorecem o escoamento superficial direto, diminuindo a infiltração. Superfícies suavemente onduladas permitem o escoamento superficial menos veloz, aumentando a possibilidade de infiltração.

1.4- Precipitação:
O modo como o total da precipitação é distribuído ao longo do ano é um fator decisivo no volume de recarga da água subterrânea, em qualquer tipo de terreno. Chuvas regularmente distribuídas ao longo do tempo promovem uma infiltração maior pois, desta maneira, a velocidade de infiltração acompanha o volume de precipitação. Ao contrário, chuvas torrenciais favorecem o escoamento superficial direto, pois a taxa de infiltração é inferior ao grande volume de água precipitada em curto intervalo de tempo.

1.5- Ocupação do Solo:
O avanço da urbanização e a devastação da vegetação influenciam significativamente a quantidade de água infiltrada em adensamentos populacionais e zonas de intenso uso agropecuário. Nas áreas urbanas, as construções e a pavimentação impedem a infiltração, causando efeitos catastróficos devido ao aumento do escoamento superficial e redução na recarga da água subterrânea. Nas áreas rurais, a infiltração sofre redução pelo desmatamento em geral, pela exposição de vertentes através de plantações sem terraceamento, e pela compactação dos solos causada pelo pisotemaneto de animais, como em extensivas áreas de criação de gado.
Um fato curioso é a situação em grandes centros urbanos, como em São Paulo, onde se detectou uma recarga significativa da água subterrânea por vazamentos da rede de abastecimento.

2-Porosidade:
A porosidade é uma propriedade física definida pela relação entre o volume de poros e o volume total de um certo material. Existem dois tipos fundamentais de porosidade nos materiais terrestres: Primária e Secundária.

2.1- Porosidade Primária:
É gerada juntamente com o sedimento ou rocha, sendo caracterizada nas rochas sedimentares pelos espaços entre os clastos ou grãos (porosidade intergranular) ou planos de estratificação. Nos materiais sedimentares o tamanho e forma das partículas, o seu grau de seleção e a presença de cimentação influênciam a porosidade.

2.2- Porosidade Secundária:
Se desenvolve após a formação das rochas ígneas, metamórficas ou sedimentares, por fraturamento ou falhamento durante sua deformação (porosidade de fraturas). Um tipo especial de porosidade secundária se desenvolve em rochas solúveis como calcários e mármores, através da criação de vazios por dissolução, caracterizando a porosidade cárstica.


TIPOS DE POROSIDADES
(Fonte:Decifrando a Terra / Organização Wilson Teixeira - São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008)

3-Permeabilidade:
O principal fator que determina a disponibilidade de água subterrânea não é a quantidade de água que os materiais armazenam, mas a sua capacidade em permitir o fluxo de água através dos poros. Esta propriedade dos materiais conduzirem água é chamada de permeabilidade, que depende do tamanho dos poros e da conexão entre eles.
Um sedimento argiloso, por exemplo, apesar de possuir alta porosidade, é praticamente impermeável, pois os poros são muitos pequenos e a água fica presa por adsorção. Por outro lado, derrames basálticos, onde a rocha em si não tem porosidade alguma, mas possui abundantes fraturas abertas e interconectadas, como disjunções colunares (juntas de resfriamento), podem apresentar alta permeabilidade devido a esta porosidade primária. Assim como os tipos de porosidade, a permeabilidade pode ser primária ou secundária.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

POR QUE A ÁGUA DO MAR É SALGADA

A água do mar é uma solução rica em sais, com 85% de cloreto de sódio (NaCl), também conhecido como sal comum ou de cozinha.
São duas as principaís hipóteses sobre as fontes de enriquecimento de sais para a água do mar, sem que a ocorrência de uma delas possa significar a ausência da outra.
A primeira delas, a mais conhecida, e que durante longo tempo se acreditou ser a única, é da origem desses sais a partir da dissolução das rochas da superfície terrestre e de seu transporte pelos rios até os oceanos. Porém a análise comparativa entre os sais dissolvidos transportados pelos rios e a composição dos sais presentes na água do mar demonstra que nem todo o sal existente poderia ter se originado só através deste processo.
A segunda hipótese está ligada aos processos vulcânicos existentes nos assoalhos marinhos. As lavas originárias do manto trazem diretamente ao oceano água juvenil, ou seja, água contida nas camadas interiores do planeta e que nunca esteve em forma líquida na superfície da Terra. Esta água juvenil contém, em solução, vários constituintes químicos como cloretos, sulfatos, brometos, iodetos, carbono, cloro, boro, nitrogênio e muitos outros.
Além disso, devido ao calor do magma, a água fria dos fundos dos oceanos, ao percolar as rochas do assoalho, se aquece, ao mesmo tempo que troca elementos químicos com o meio rochoso e ao ascender, integra-se ao ambiente oceânico.
As interações entre os constituintes químicos dissolvidos através de complexos processos, envolvendo trocas entre oceanos, atmosfera, fundos marinhos, rios, rochas da superfície, magma, etc., originam um balanço geoquímico estável do meio marinho, fazendo com que a quantidade de sais dissolvidos mantenha-se constante por décadas, séculos, milênios.
Muito embora a concentração salina e a dinâmica dos oceanos não favoreça a deposição de sais, em condições particulares, quando ocorre a livre circulação das águas, como nos mares internos, ou onde os eventos de evaporação superam os de recarga de água, poderá ocorrer a deposição dos sais dissolvidos na água do mar nos fundos marinhos. Estes depósitos salinos formados preferencialmente em lagunas e mares reliquiares são denominados genereicamente evaporitos, sendo o Mar Morto uma das áreas mais evidentes da formação atual destes depósitos. Ali a salinidade das águas é superior a qualquer outro oceano com altas concentrações de magnésio, sódio, potássio e brometos. Por causa desses sais, as águas do Mar Morto são ricas em propriedades terapêuticas no caso de várias doenças de pele e problemas respiratórios. O Mar Morto localiza-se na maior cavidade tectônica do planeta, a cerca de 395 metros abaixo do nivel do mar atual.
(Fonte: Decifrando a Terra / organização Wilson Teixeira - M. Cristina Motta de Toledo - Thomas Rich Fairchild - Fábio Taioli, Companhia Editora Nacional, São Paulo (SP), 2008.)


FOTO DO MAR MORTO (ISRAEL) - MAR COM GRANDE QUANTIDADE DE SAIS EM SUAS ÁGUAS.
(Fonte: www.blog.educacional.com.br)


DEPÓSITOS DE EVAPORITOS NO MAR MORTO
(Fonte: Decifrando a Terra / organização Wilson Teixeira - M. Cristina Motta de Toledo - Thomas Rich Fairchild - Fábio Taioli, Companhia Editora Nacional, São Paulo (SP), 2008.)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

A República Popular da China (em chinês, 中华人民共和国; pinyin: Zhōnghuá Rénmín Gònghéguó; acrônimo: RPC) é o terceiro maior país do mundo em área. É o mais populoso do planeta, ocupando uma parte considerável da Ásia oriental. Suas fronteiras ao Norte são com o Quirguistão, com o Cazaquistão, com a Mongólia e com a Rússia, a Leste com a Coreia do Norte, com o mar Amarelo (do outro lado do qual se encontra a Coreia do Sul), com o mar da China Oriental e com o estreito de Taiwan, que a separa de Taiwan (país que reivindica), a Sul com o mar da China Meridional, com o Vietnam, com o Laos, com Myanmar, com a Índia, com o Butão e com o Nepal e a Oeste com o Paquistão, o Afeganistão e o Tadjiquistão.Com uma população de mais de 1,32 bilhão de habitantes (a maior do planeta), a China ocupa uma superfície de 9.640.821 km² (ou 9.676.801 km², se incluído o território de Taiwan, que a República Popular da China reivindica). Sua capital é Pequim (Beijing).

1- As Regiões Administrativas da China:

Há três níveis de regiões administrativas na China: províncias, comarcas, e aldeias e cidades. No nível de província, a China é dividida em 23 províncias, cinco regiões autônomas, quatro municípios diretamente sob o governo central, e 2 regiões administrativas especiais, cada uma com um Governo Popular local eleito com poder de decisão sobre determinados assuntos.

As cinco regiões autônomas são regiões étnicas, onde a maioria dos habitantes pertencem a uma determinada minoria étnica. São elas:
- a Região Autônoma da Mongólia Interna;
- a Região Autônoma da Etnia Zhuang em Guangxi;
- a Região Autônoma Tibetana;
- a Região Autônoma da Etnia Hui em Ningxia;
- a Região Autônoma do Uighur em Xinjiang.

Nas outras províncias, há mais prefeituras e comarcas autônomas étnicas, as quais são menores em área e estão administrativamente ligadas às suas próprias províncias de origem.
Os quatro municípios diretamente sob o governo central são administrativamente do mesmo nível das províncias e possuem os mesmos direitos. São elas: Beijing, Shanghai, Tianjin e Chongqing.
As duas regiões administrativas especiais são Hong kong e Macau. Hong kong tinha sido colônia britânica e voltou a ser da China no ano 1997. Macau tinha sido colônia portuguesa até o ano 1999. Em questão de respeitar a história e a realidade, as duas cidades voltaram a ser da China mantendo seus sistemas económicos e políticos.

Até o final do ano 2001, a China possuía 664 cidades.
(Fonte:www.minhachina.com/regiao.htm)


PROVÍNCIAS E REGIÕES ADMINISTRATIVAS CHINESAS
(Fonte: www.wikipedia.com.br)


CHINA E SUA LOCALIZAÇÃO NO CONTINENTE ASIÁTICO
(Fonte: www.wikipedia.com.br)

Devido a sua enorme população, o crescimento vertiginoso de sua economia, seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, seus gastos militares e sua condição de Estado declaradamente detentor de armas nucleares, a China costuma ser considerada uma superpotência emergente sendo a quarta maior economia do mundo. Desde 1978, o país implementa reformas para adotar, em alguma medida, uma economia de mercado, o que ajudou a tirar 400 milhões de pessoas da pobreza. Entretanto, o país enfrenta outros problemas econômicos, inclusive o rápido envelhecimento da população e uma crescente disparidade entre a renda urbana e a rural. A China desempenha um papel importante no comércio internacional, ao ser o maior consumidor mundial de aço e concreto (usa, respectivamente, um terço e mais da metade daqueles insumos) e o segundo maior importador de petróleo. É o terceiro maior importador do mundo e o segundo maior exportador, em termos globais
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
As autoridades chinesas criaram uma espécie de socialismo que eles chamam de "socialismo de mercado", onde coexistem duas regiões bem distintas dentro do país, uma delas se localiza no interior e onde predomina a chamada economia planificada com ritmo pequeno de crescimento, e na zona costeira outra faixa que abrange particularmente algumas cidades ou áreas especiais, as zonas de exportação. Nessa faixa predomina uma economia de mercado, com enormes investimentos de capitais estrangeiros (principalmente norte-americanos e japoneses), cujo ritmo de desenvolvimento industrial tem sido muito intenso, o maior do mundo desde a década de 1990.


DESEQUILÍBRIO ECONÔMICO NA CHINA
(Fonte: VESENTINI, José William - Geografia Geral e do Brasil, Volume Único - 1ª Ed. Editora Ática, São Paulo, SP - 2005).

2- História da Revolução Socialista Chinesa:

A guerra civil chinesa terminou em 1949, quando o Partido Comunista chinês tomou o controle da China continental e o Kuomintang (KMT) recuou para a ilha de Formosa (Taiwan). Em 1º de outubro de 1949, Mao Tse-tung proclamou a República Popular da China, declarando que o "povo chinês se pôs de pé". O termo "China Vermelha" foi um nome freqüentemente usado para a China dentro do bloco capitalista, especialmente até meados dos anos 1970, quando as relações com o Ocidente melhoraram.
Após uma série de falhas econômicas dramáticas (que coincidiram com o Grande Salto Adiante), Mao Tse-tung deixou o cargo de presidente em 1959, sucedendo-o Liu Shaoqi. Mao manteve um grau considerável de influência sobre o partido, mas foi alijado da administração diária dos assuntos econômicos, que passou ao controle de Liu Shaoqi e Deng Xiaoping.
Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, que perduraria até a morte daquele dirigente chinês, dez anos mais tarde. A Revolução Cultural, motivada por uma luta pelo poder dentro do partido e por temores acerca da União Soviética, provocou um grande transtorno na sociedade chinesa. Em 1972, no auge da ruptura sino-soviética, Mao e Zhou Enlai encontraram-se com Richard Nixon em Pequim para estabelecer relações com os Estados Unidos. Naquele ano, a República Popular da China aderiu às Nações Unidas, substituindo a República da China (Taiwan) no assento permanente do Conselho de Segurança.
Após a morte de Mao em 1976 e a prisão da Camarilha dos Quatro, acusada dos excessos da Revolução Cultural, Deng Xiaoping rapidamente logrou tomar o poder das mãos de Hua Guofeng, sucessor escolhido por Mao. Embora Deng nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, sua influência dentro da agremiação levou o país a implementar reformas econômicas de grande magnitude. Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida pessoal dos chineses e dissolveu as comunas; muitos camponeses receberam terras, de modo a aumentar os incentivos à produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um mercado crescentemente mas livre, um sistema chamado por muitos de "socialismo de mercado". A China adotou a sua atual constituição em 4 de dezembro de 1982. Em 1989, a morte de um funcionário favorável a reformas, Hu Yaobang, ajudou a precipitar os protestos da Praça da Paz Celestial, quando estudantes e outros organizaram manifestações durante meses em defesa de maiores direitos e da liberdade de expressão. As manifestações foram reprimidas em 4 de junho, quando começaram a digirir-se contra a corrupção no partido. Tropas do exército chinês entraram na praça e dispararam contra os manifestantes, o que resultou em grande número de vítimas. O acontecimento recebeu atenção da mídia ocidental e foi gravado em vídeo, de modo a provocar a condenação mundial e sanções contra o governo.
O Presidente Jiang Zemin e o premier Zhu Rongji, ambos ex-prefeitos de Xangai, lideraram a China após o caso da Praça da Paz Celestial, nos anos 1990. Durante a administração de Jiang, o desempenho econômico chinês tirou cerca de 150 milhões de camponeses da pobreza e manteve um crescimento médio do PIB da ordem de 11,2% ao ano. O país aderiu à OMC em 2001.

3- A Política Chinesa:

O governo da China tem sido descrito como autoritário, comunista e socialista, com pesadas restrições em diversas áreas, em especial no que se refere às liberdades de imprensa, de reunião, de movimento, de direitos reprodutivos e de religião, além de obstáculos ao livre uso da internet. Seu atual chefe supremo é o Presidente Hu Jintao; o primeiro-ministro é Wen Jiabao. O país é governado pelo Partido Comunista da China (PCC), cujo monopólio sobre o poder é garantido pela constituição chinesa. Há outros partidos políticos no país, que participam da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e do Congresso Nacional Popular, embora sirvam principalmente para endossar as políticas adotadas pelo PCC. Há sinais de abertura política, com eleições competitivas nos níveis de vila e cidade, mas o partido mantém o controle efetivo sobre as nomeações governamentais.
Embora a constituição contenha direitos e garantias individuais, a República Popular da China é considerada um dos países menos livres em termos de liberdade de imprensa[3], e é comum a censura à manifestação de opiniões e de informações. A China é freqüentemente alvo de críticas de ONGs e outros governos devido a violações graves de direitos humanos, como no caso de prisões sem julgamento, confissões forçadas, tortura, maus-tratos a prisioneiros e outros.
Com uma população de mais de 1,3 bilhão de pessoas, a China mantém uma política rígida de planejamento familiar, centrada no conceito de "uma criança por família". O objetivo do governo é estabilizar o crescimento populacional no início do século XXI. Há denúncias de abortos e esterilização forçados por parte de funcionários locais, obrigados a impedir o crescimento da população. Há um desequilíbrio de sexos na população chinesa devido a uma tradicional preferência chinesa por meninos, o que levou o governo a proibir o uso de ultra-sonografia na gravidez para fins de seleção do sexo da criança.

4- Geografia do Território Chinês:

Com uma superfície de 9.640.821 km² (ou 9.676.801 km², se incluído o território de Taiwan, que a República Popular da China reivindica), a República Popular da China é o segundo maior país da Ásia oriental após a Rússia e o terceiro do mundo.
O território chinês apresenta paisagens variadas. A leste, ao longo do litoral do mar Amarelo e do mar da China Oriental, há planícies aluviais densamente habitadas; já no extremo do planalto da Mongólia Interior, ao norte, encontram-se pradarias. A China meridional é dominada por colinas e cordilheiras baixas. No centro-leste encontram-se os deltas dos dois principais rios da China, o Huang He e o Yangtzé. Os rios Xijiang, Mecongue, Bramaputra e Amur também são importantes. A oeste, há grandes cordilheiras, como o Himalaia (onde está o ponto culminante na China, o monte Everest), e terrenos mais áridos, como o Taklamakan e o deserto de Gobi.
A China enfrenta problemas ambientais como o avanço dos desertos (em especial o de Gobi), poluição da água, do ar e industrial
Com relação às emissões de carbono, a China está isenta dos limites fixados pelo Protocolo de Quioto. Desde que aquele tratado foi assinado, a China tornou-se um dos maiores emissores de carbono do mundo, o que contribui para o aquecimento global.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
A China oferece uma grande variedade de solos que correspondem-se aproximadamente com as regiões geográficas. Ao norte da China encontramos na Bacia do Tarim o cinzento desértico, os pardos e férteis loes da planície, o castanho terreno florestal da Manchúria e as produtivas terras aluviais da Grande Planície do norte. Na China Central a Bacia Vermelha caracteriza-se por um fértil solo florestal cinzento-castanho, e a planície e delta do Yangtsé pelos seus terrenos aluviais. Na China meridional o solo é vermelho com abundantes materiais lateríticos. No Tibete destacam os terrenos pedregosos, semelhantes aos montanhosos da tundra.
Dado o fato da China ser um enorme país, que abarca os mais variados climas, não é surpreendente que exista uma grande variedade de espécies vegetais e animais. Parece que a vegetação natural da China estava formada por bosques mistos discontínuos de caducas e coníferas próprios de zonas temperadas; mas devido ao cultivo intensivo, esta vegetação desapareceu há muitos séculos. Desgraçadamente o impacto humano chega a ser considerável, por isso a riqueza natural é rara ou está em perigo de extinção. O governo tem estabelecido mais de 300 reservas naturais, protegendo por volta de 1, 8 % do território. O maior problema é a destruição do habitat causado pela agricultura intensiva, a urbanização e a produção industrial.
A flora tem "progredido" bem, apesar da pressão de mais de 1.000 milhões de pessoas, mas a desflorestamento, o pastoreio e os cultivos intensivos têm feito grandes estragos.
A última grande extensão florestal chinesa está na região sub ártica do nordeste, perto da fronteira russa. Pela sua diversidade de vegetação, a zona em redor de Xishuangbanna, no sul tropical, é a mais rica do país. Esta região também procura habitat para manadas de elefantes selvagens; porém, tanto os seres vivos como a floresta tropical estão sob a pressão da agricultura, da tala e da queimada.
Talvez a planta cultivada mais bela seja o bambu. Há muitas variedades e é cultivado no sudeste, para ser utilizado como material de construção e alimento. Outras plantas úteis incluem ervas, entre elas o ginseng, horquilha dourada, angélica e fritilaria. Uma das árvores mais raras é o abeto branco de Cathay na província de Guangxi.

DESERTO DE GOBI - CHINA
(Fonte: www.wikipedia.com.br)

A variedade de animais selvagens e domésticos é muito ampla. Além de estar representadas a maior parte das aves canoras e de caça, existem 800 variedades nativas do país. Ao norte, no nordeste especialmente, habitam animais selvagens como o tigre, o antílope, o cervo, o goral (antílope cabra), a ovelha azul, o leopardo, o lobo e os mamíferos de peles. No Tibete pode-se ver ovelhas, yaks, pandas gigantes e ursos selvagens. No sul proliferam tigres, gibones, macacos e caimanes. Há que assinalar que o animal mais raro da Ásia Central é o urso formigueiro.
Talvez não exista na China animal mais representativo da beleza e luta pela vida selvagem do que o urso panda. Estes belos animais, atualmente em perigo de extinção devido à combinação da caça, a invasão do habitat e os desastres naturais, sobrevivem graças aos tímidos esforços do governo central. Com escassa densidade, povoam as regiões de Sichuan, Tibete e Xinjiang, que provêem de habitat a outras magníficas espécies, como o leopardo das neves e os yaks selvagens. O extremo noroeste da China está habitado por alguns interessantes mamíferos como renas, alces, cervos almizcleros, ursos e martas. Também há uma considerável ornitofauna como grullas, patos, abutardas, cisnes e garças.
A ilha Hainam também possui variada vegetação tropical e vida animal. Há sete reservas naturais na ilha, embora é justo dizer que ainda algumas espécies em perigo de extinção, terminam no prato da comida.
Entre os animais domésticos encontram-se cães, gatos, patos, gansos, frangos e porcos que abundam em todo o território da China. Os búfalos aquáticos são nativos da zona sul da Península de Shandong. O zebu habita no sul e nordeste da China; no noroeste criam cabras, ovelhas e cavalos. Os camelos e as vacas são importantes também no nordeste.
Há também variedade de peixes de água doce, sendo o mais comum a carpa. Também abundam lagartos, rãs, tartarugas e salamandras. Na costa destacam a lubina, arenque, cavalas, ostras, tubarões e enguias.
A observação de pássaros é algo do que poderá desfrutar o turista, especialmente na primavera, estação na qual há que dirigir-se à Reserva Natural de Zhalong, na província de Heilongjiang; ao Lago Qinghai, na província do mesmo nome; e ao Lago Poyang, ao norte da província de Jiangxi, o maior lago de água doce da China.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

DADOS ESTATÍSTICOS DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Apresento a seguir alguns dados estatísticos referentes a população do Município de Campos dos Goytacazes, o que permite uma visão mais ampla das características demográficas e sociais e um conhecimento mais amplo sobre a realidade local.

1- POPULAÇÃO:

1.1 - População Residente de Alguns Municípios do Estado do Rio de Janeiro:

MUNICÍPIO POPULAÇÃO

Rio de Janeiro 5.857.904
Nova Iguaçu 920.599
São Gonçalo 891.119
Duque de Caxias 775.456
Niterói 459.451
São João de Meriti 449.476
Belford Roxo 434.474
Campos dos Goytacazes 406.989

(Fonte: IBGE - Censo Demográfico - 2000)

Campos dos Goytacazes, até o final da década de 50 detinha a maior população dentre todos os municípios do estado excetuando-se a atual Capital, hoje em dia Campos dos Goytacazes ocupa a oitava posição em relação ao número de habitantes, ainda sendo o município mais populoso do interior do estado.

1.2- População Residente no Estado, Região Norte-Fluminense e Campos dos Goytacazes:

ANOS / ESTADO / NORTE-FLUMINENSE / CAMPOS DOS GOYTACAZES
1940 ///// 3.611.998 ///// 344.053 //// 180.677
1950 ///// 4.674.645 ///// 365.809 //// 200.327
1960 ///// 6.709.891 ///// 431.424 //// 246.865
1970 ///// 8.994.802 ///// 471.038 //// 285.440
1980 ///// 11.291.520 ///// 514.644 //// 320.868
1991 ///// 12.807.706 ///// 611.576 //// 376.290
2000 ///// 14.391.282 ///// 698.783 //// 406.989
( Fonte: IBGE - Censos Demográficos - 1940 / 2000 )

1.3- Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual da População:


( Fonte: Campos dos Goytacazes (RJ): Perfil 2005/Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, 2006.)

1.4- População Residente, Por Situação de Domicílio e Sexo, Segundo os Grupos de Idade - Município de Campos dos Goytacazes - 2000.



( Fonte: Campos dos Goytacazes (RJ): Perfil 2005/Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, 2006.)

1.5- População Residente, Por Situação de Domicílio e Sexo, Segundo os Distritos, os Subdistritos e os Bairros do Município de Campos dos Goytacazes, 2000:


( Fonte: Campos dos Goytacazes (RJ): Perfil 2005/Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, 2006.)

1.6- População Residente, Segundo os Distritos - Município de Campos dos Goytacazes, 2000:


( Fonte: Campos dos Goytacazes (RJ): Perfil 2005/Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, 2006.)

1.7 Pirâmides Etárias - Município de Campos dos Goytacazes - 1980 / 2000.

Com os dados disponíveis do Censo de 2000 por grupos de idade, foi construída a pirâmide etária, cujo perfil apresenta se comparado ao das duas últimas décadas, permite verificar o envelhecimento da população campista, onde há um estreitamento da base e o crescimento proporcional das faixas etárias adultas. Os dados mostram que 6,9% dos habitantes do município tem 65 anos ou mais. Em 1991 esse percentual era de 5,4%. No âmbito nacional a média da porcentagem referente a essa faixa de idade é de 5,9%.




( Fonte: Campos dos Goytacazes (RJ): Perfil 2005/Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, 2006.)

1.8- Taxa de Urbanização no Estado / Região Norte Fluminense e Campos dos Goytacazes:
1940 - 2000 (%)

ANO ESTADO NORTE-FLUMINENSE CAMPOS DOS GOYTACAZES
1940 // 61,2 /////// 26,8 /////// 35,3
1950 // 72,6 //////// 30,1 /////// 39,8
1960 /// 79,0 /////// 40,4 /////// 50,5
1970 /// 87,9 /////// 51,0 /////// 58,6
1980 /// 91,8 /////// 58,4 /////// 60,9
1991 /// 95,3 /////// 79,2 /////// 84,5
2000 /// 96,0 /////// 85,1 /////// 89,5

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CAMPOS DOS GOYTACAZES - TERRITÓRIO E USO DO SOLO.

O município de Campos dos Goytacazes localiza-se na Região Norte Fluminense e ocupa uma área de 4.027 Km², possuindo atualmente 106 bairros em 14 distritos, a saber:
1- Campos dos Goytacazes
2- Dores de Macabu
3- Ibitioca
4- Morangaba
5- Morro do Coco
6- Mussurepe
7- Santa Maria
8- Santo Amaro de Campos
9- Santo Eduardo
10- São Sebastião de Campos
11- Serrinha
12- Tocos
13- Travessão
14- Vila Nova de Campos
Sua sede está situada a 14 metros acima do nivel do mar e localiza-se a 21º45'23" de Latitude Sul e 41º19'40" de Longitude Oeste.


MAPA CONTENDO ALGUNS BAIRROS DA CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES.
(Fonte: Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)

1- LIMITES:
* Ao Norte com o estado do Espírito Santo, através do rio Itabapoana;
* A Nordeste com o município de São Francisco do Itabapoana;
* A Leste com o município de São João da Barra, pelo Canal São Bento;
* A Sudeste é banhado pelo Oceano Atlântico desde a Barra do Açu até a foz do rio Furado;
* Ao Sul a Lagoa Feia e o rio Macabu limitam o território campista com o município de Quissamã;
* A Sudoeste com Conceição de Macabu e Santa Maria Madalena;
* A Oeste com o município de São Fidélis através de componentes estruturais da Serra do Mar, que recebem denominações locais como Serra Itacolomi, Serra dos Três Picos e Serra do Barracão, formando o grande conjunto de terras altas do território municipal;
* A Noroeste com Cardoso Moreira, em boa parte seguindo o Córrego da Onça, Italva e Bom Jesus do Itabapoana, acompanhando o Córrego Santo Eduardo.

MAPA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES E SEUS LIMITES.
(Fonte: Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)

2- RELEVO:
O território campista é caracterizado pela presença de três feições geomorfológicas bastante distintas.

2.1 - A primeira delas corresponde às serras, colinas e maciços costeiros, que se estendem pelas porções oeste e norte do município, constituídos de rochas cristalinas, onde predominam gnaisses e granitos. Apesar de compreender tipos de modelos diversos apresentam uma origem comum: terrenos cristalinos muito antigos que remontam ao Arqueozóico e Proterozóico, períodos caracterizados por dobramentos e falhamentos de grande monta e que, após a ação dos agentes erosivos que procederam a um intenso desgaste ao longo das eras geológicas que se seguiram, foram no período terciário novamente submetidos a esforços internos que acabaram resultando em extensas linhas de falha, escarpas vigorosas e relevos alinhados em razão de antigos dobramentos e de linhas de falha mais jovens.
As escarpas da Serra do Mar estão presentes mais no interior do município, especialmente nos limites com São Fidélis, santa Maria Madalena e Bom Jesus do Itabapoana. Apresentam uma orientação geral Sudoeste-Nordeste e uma topografia acidentada onde predominam "vales alongados, segmentos de drenagem retilíneos, linhas de cristas e de cumeadas paralelas, relevos com grandes desníveis altimétricos e escarpas íngremes". Esse relevo constitue-se de elemento fundamental na distribuição das chuvas pelo território municipal, emprestando maior umidade às àreas mais escarpadas voltadas para o litoral. As maiores altitudes são encontradas ao sul do rio paraíba do sul, na grande faixa de limite com o município de São Fidélis, caracterizada por um conjunto de expressões locais como a Serra do Itacolomi, Serra Grande, Serra da Malhada Branca, Serra do Imbé, onde se localiza o ponto mais elevado do município, o Pico São Mateus com 1.576 m. São frequentes nesta região altitudes superiores a 800 m e mesmo 1.000 m.As colinas e maciços costeiros estão localizados entre as escarpas da Serra do Mar e os tabuleiros e planícies costeiras. As colinas apresentam forma arrendondada, parecendo meias-laranjas e possuem altitudes bastante modestas, entre 30 a 50 metros. Os maciços por sua vez, atingem altitudes mais elevadas e constituem-se de blocos falhados e basculados para o norte.
2.2- A segunda grande feição geomorfológica é constituída por uma extensa faixa de tabuleiros formados por depósitos sedimentares, Terciário/Quaternário, com altura entre 20 a 30 metros e topo retilíneos. Chegam a atingir de 20 a 30 quilômetros de largura confrontando-se a oeste com os maciços e colinas e a leste com as planícies costeiras. apresentam-se segmentados por vales de fundo chato, que se mostram, em geral, alagados e, entremeiam-se com os cordões arenosos da planície costeira.
2.3- A terceira unidade é a grande planície quaternária representada pelo delta do rio Paraíba do sul, caracterizado por ambientes de acumulação diversificados:
* Ambientes de acumulação representados principalmente pelas praias, cordões litorâneos, dunas e canais de maré.
* Ambientes de acumulação fluviomarinha caracterizados pela presença de áreas deprimidas próximas às desembocaduras dos canais que correm perpendiculares à costa, sob influência das marés. Suas feições mais representativas são as lagoas e depressões colmatadas.
* Ambientes de acumulação fluviolacustres formados por sedimentos argilosos nas franjas da Lagoa Feia. este ambiente tem sofrido profundas alterações resultado da necessidade de ampliação das áreas de cultivo.
* Ambientes de acumulação fluvial notadamente marcados pela presença de paleocanais do rio Paraíba do Sul (Canais abandonados ou semi-abandonados, lagoas e brejos interiorizados) áreas topograficamente mais elevadas demarcadas por antigos canais de escoamento.

3- SOLO:
Tendo em conta os multiplos aspectos da geologia, da cobertura vegetal e do relevo, além das diversidades térmicas e pluviométricas, o território municipal apresenta uma considerável gama de solo - dos mais desenvolvidos aos mais insipientes; daqueles que possuem deficiência hídrica (como os slinos), aos muito encharcados; dos mais ao menos férteis - pela maior ou menor presença de nutrientes. Assim os principais tipos de solo observados no município são:
3.1- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO
Classe de solos minerais, não hidromórfico, com horizonte B latossólico, ou seja, possuem ausência, quase total de minerais primários. Em sua maior parte, possui caráter álico (saturação com alumínio superior a 50%), o que lhe confere uma certa acidez. Compreende solos normalmente muito profundos. Em estágio já bastante desenvolvido, apresenta intemperismo avançado e poucas reservas de elementos nutritivos para as plantas. Está relacionado, em geral, a um relevo forte ondulado e montanhoso, sendo utilizado para pastagens. Estão presentes em vastas extensões das superfícies elevadas à oeste e norte do município. A maior parte da área ocupada por esse tipo de solo apresenta pastagens e vegetação secundária em vários estágios de regeneração.

3.2- CAMBISSOLO:
Representa o grupo de solos minerais não hidromórficos, em geral álicos (saturação com alumínio superior a 50%), com horizonte B câmbico e pouca diferenciação de textura entre os horizontes A e B. Apresenta minerais de fácil intemperização (feldspatos e micas, por exemplo) ainda no estado natural, o que confirma o caráter de solo incipiente. É encontrado nas áreas de relevo montanhoso e escarpado, abrangendo vasta porção do território municipal limitrofe ao município de São Fidélis. Seu uso agrícola é limitado pelo relevo acidentado e pela acentuada acidez.

3.3- PODZÓLICO:
Compreende uma grande variedade de solos que apresentam horizonte A moderado e horizonte B textural (acumulo de material lavado proveniente do horizonte superficial). É geralmente profundo, bem drenado e bastante suscetível à erosão. Ocorre principalmente, nos tabuleiros costeiros do grupo Barreiras e em áreas de coberturas afins com os sedimentos terciários. è álico (saturação com alumínio superior a 50%), relacionando-se a um relevo plano e suave ondulado.

3.4- PODZOL HIDROMÓRFICO:
É o principal representante da classe denominada podzol, com horizonte B normalmente arenoso e de espessura variável. Formado ao longo das planícies litorâneas, áreas de relevo predominantemente plano, deriva-se de sedimentos areno-quartozos oriundos da acumulação marinha, ao longo do holoceno. Desenvolve-se sob condições imperfeitas de drenagem, sendo portanto, um solo encharcado. Está presente numa extensa faixa litorânea entre o Cabo de São Tomé e a Barra do Açu.

3.5- SOLONCHAK SÓDICO:
Compreende solos salino-sódicos, mal drenados, com pouca ou nenhuma diferenciação dos horizontes. Encontrado nas áreas sujeitas às influências das marés, especialmente nas proximidades das embocaduras dos rios, apresenta geralmente, na sua superfície, formação de crostas de sais cristalinos, durante a estação seca. Nos horizontes subsuperficiais, é comum se encontrarem conchas marinhas. Podem ser observados ao longo da faixa litorânea entre o canal das Flechas e o Cabo de São Tomé.

3.6- GLEI:
Compreende solos hidromórficos de pouca profundidade, com forte concentração de matéria orgânica no horizonte A e, abaixo deste, horizontes gleizados, dada a presença do lençol freático próximo a superfície o ano inteiro. O horizonte A apresenta coloração acinzentada ou escura e os subsuperficiais, cores cinzentas ou neutras e textura argilosa. Sua formação está relacionada a depósitos orgânicos e de sedimentos aluviais argilo-siltosos, ambos do holoceno. É encontrado em associação com solos aluviais e/ou orgânicos, nas varzeas dos principais rios. Seu uso agrícola só se torna possível mediante a execução de obras de rebaixamento do lençol freático. Ocupa uma área localizada a nordeste da Lagoa Feia, cortada por uma infinidade de canais de drenagem como o de Coqueiros e o de Cambaíba. Está presente também, ao longo de uma larga faixa do baixo curso do rio Muriaé.

3.7- SOLOS ORGÂNICOS:
Agrupam solos de coloração escura, hidromórficos, pouco evoluídos, depósitos de material vegetal em diferentes estágios de decomposição sobre sedimentos fluviolacustres, ao longo do holoceno. Muito mal drenados com o lençol freático encharcando o horizonte superficial durante boa parte do ano, são encontrados mais expressivamente ao redor da Lagoa Feia.

3.8- SOLOS ALUVIAIS:
Classe de solos resultantes do trabalho de transporte dos rios e que são formados pela deposição do aluvião sobre o horizonte C, autoctone. Em termos morfológicos, variam muito, devido à diversidade do material depositado. Ocupam a extensa área central do município, na planície deltáica do Paraíba do Sul, onde se destaca o plantio da Cana-de Açucar.

MAPA COM OS TIPOS DE SOLOS DE REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EM DESTAQUE O MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES.
(Fonte: Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)


MAPA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - CORREDORES ECOLÓGICOS E ÁREAS SUGERIDAS PARA REFLORESTAMENTO.
(Fonte:Fundação CIDE - Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)